domingo, 18 de setembro de 2011

Afinal, o que é gol de placa?

Há 50 anos no Maracanã surgiu a expressão gol de placa pela genialidade de Pelé. Veja no Memória E.C. no Globoesporte.com:
 http://globoesporte.globo.com/platb/memoriaec/2011/03/05/ha-50-surgia-o-gol-de-placa-no-futebol-obra-de-pele/

Para Pelé esse é o seu gol mais bonito:
.http://www.youtube.com/watch?v=DeFba3LMLnc

Gol de placa no wikipedia:
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Pel%C3%A9#Gol_de_Placa

sábado, 17 de setembro de 2011

Racismo no futebol


Podemos compreender por racismo no futebol a prática de atitudes preconceituosas por motivo de diferença de raça ocorrida dentro do campo entre os jogadores ou mesmo pelas torcidas direcionada para os atletas participantes. Infelizmente, isso tem acontecido com muita frequência e a maioria dos casos tem ficado sem punição.
 Mas, o movimento contra o preconceito racial nos esportes tem crescido.  E cada vez mais os verdadeiros amantes do futebol percebem a importância de levantar não só  bandeiras pelo time do coração, mas também pelo fim do preconceito racial. 
Mesmo assim, é urgente a organização de campanhas por parte dos meios de comunicação e dos governos pelo fim do racismo no esporte, promovendo a paz e a igualdade nos campos e arquibancadas. É necessário também, a tomada de medidas punitivas pelos orgãos competentes.
Afinal, o país se prepara para acolher dois grandes eventos esportivos de porte mundial, a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Espera-se que pelo seu alcance, tais eventos, além de promover uma grande campanha pelo fim do preconceito racial no esporte  e na sociedade, possam servir como grande exemplo da possibilidade de convivência harmoniosa entre as raças e povos.

Alguns links interessantes sobre Racismo no Futebol: 
Primeiro negro no futebol brasileiro: http://www.youtube.com/watch?v=Nzl56LiZ7To
Relembre 10 casos de racismo no futebol mundial: http://www.gazetadopovo.com.br/esportes/conteudo.phtml?id=993487
Sobre racismo no futebol: http://pt.wikipedia.org/wiki/Racismo_no_futebol
Campanha contra o racismo: http://esporte.ig.com.br/futebol/selecao+da+inglaterra+faz+campanha+contra+racismo+em+treino/n1597194878623.html
Roberto Carlos cobra ação da FIFA contra o racismo : http://esporte.ig.com.br/futebol/roberto+carlos+cobra+acao+da+fifa+contra+racismo/n1597043326244.html
Veja o discurso de Romário sobre as desapropriações para a Copa de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016:
http://racismoambiental.net.br/2011/08/o-discurso-de-romario-sobre-as-desapropriacoes-para-a-copa-do-mundo-e-as-olimpiadas-no-brasil/#more-26041

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

"Que seria da bola de futebol sem um menino brasileiro na vida dela? Os dois nasceram, sob medida,  um para o outro. Ambos gostam de brincar. Aliás, em qualquer lugar do mundo, todo garoto adora brincar. toda bola adora ser brinquedo, seja no Brasil, seja na Patagõnia. Aqui, no Brasil, porém, a história é diferente. aqui, a bola é parceira, que ajuda o menino a fazer suas mágicas. O inglês inventou o futebol. O brasileiro inventou o futebol de delícias... O futebol de malícias. A mágica é facilmente explicável. Basta ver, através da história, um louro britânico jogando bola. O corpo apolíneo não ginga. Corre empinado, ereto. É a encarnação do futebol-força. Foi, então, que o brasileiro entrou em campo, desossando o futebol europeu, dos pés à cabeça. amolecendo as juntas góticas do estilo europeu. Regando músculos mais frescos, até criar o jeito sestreiro de jogar futebol. Em vez da linha reta, a corrida sinuosa, célere, coleante, repleta de florões e arabescos. Tal como a capoeira, irmã gêmea da finta, inspiração do chute de curva, do passe de calcanhar, pérolas do barroco brasileiro no campo de futebol.
O brasileiro, vindo da taba e da senzala, inventa, então, a pelada, o futebol medula. Que antes de pensar, intui. que antes de sentir, pressente. Leônidas da Silva não parou para pensar no instante em que fez o primeiro gol de bicicleta. Nem Didi, quando inaugurou, nos campos, o chute de folha seca. Muito menos Pelé, ao dar ao corta-luz a graça de um gesto de balé. Ou Garrincha, quando corria o campo todo, compondo, com seus dribles espírais de vento e alegria.
Jogo de futebol, jogo de cintura. sem dúvida, uma das mais belas metáforas da alma brasileira."

 Trecho do texto de Armando Nogueira no livro Futebol-Arte da editora SENAC
"Como todos os meninos uruguaios, eu também quis ser jogador de futebol. Jogava muito bem, era uma maravilha, mas só de noite, enquanto dormia: de dia era o pior perna de pau que já passou pelos campos do meu país.
Como torcedor também deixava muito a desejar. Juan alberto Schiaffino e Julio Cesar Abbadie jogavam no Peñarol, o time inimigo. Como bom torcedor do Nacional, eu fazia o possível para odiá-los. Mas Pepe Schiaffino, com suas jogadas magistrais, armava as jogadas de seu time como se estivesse lá na torre mais alta do estádio, vendo o campo inteiro, e Pardo Abbadie deslizava a bola sobre a linha branca da lateral e corria com botas de sete léguas, gingando, sem tocar na bola nem nos rivais: eu não tinha saída a não ser admirá-los. Chegava até a ter vontade de aplaudi-los.
Os anos se passaram, e com o tempo acabei assumindo minha identidade: não passo de um mendigo do bom futebol. Ando pelo mundo de chapéu na mão, e nos estádios suplico:
- Uma linda jogada pelo amor de Deus!
E quando acontece o bom futebol, agradeço o milagre - sem me importar com o clube ou o país que o oferece."

Trecho do livro Futebol Ao sol e à sombra de Eduardo Galeano. L&PM Editores